O Conselho Monetário Nacional (CMN) decidiu que Entidades Fechadas de Previdência Complementar (EFPC) estão proibidas de investir o dinheiro dos participantes em ativos virtuais, como as criptomoedas. A resolução representa um marco importante na regulamentação do setor e impacta diretamente gestores de ativos e investidores institucionais.
O que diz a regulamentação?
A proibição foi anunciada por órgãos reguladores que argumentam que a volatilidade extrema das criptomoedas representa um risco elevado para investimentos previdenciários. A justificativa principal é a necessidade de garantir a segurança dos investidores de longo prazo, protegendo-os de oscilações bruscas que possam comprometer a aposentadoria.

(Fachada do Banco Central do Brasil. Foto: Foto: Leonardo Sá/Agência Senado)
De acordo com as justificativas do Conselho Monetário Nacional (CMN), os fundos de previdência devem prezar pela previsibilidade e segurança do patrimônio dos participantes, e ativos de alta volatilidade, como criptomoedas, podem representar riscos elevados.
O impacto para o mercado cripto e investidores
Essa decisão pode ter repercussões significativas para o setor de criptomoedas no Brasil. Nos últimos anos, fundos de investimento e gestoras vinham ampliando sua exposição ao mercado digital, vendo o Bitcoin e outros ativos como uma reserva de valor e proteção contra a inflação.
Contudo, especialistas argumentam que a proibição pode gerar um efeito contrário, incentivando investidores a buscar alternativas menos regulamentadas para exposição ao setor cripto, como ETFs, fundos de investimento no exterior e Autocustodia.
Além disso, essa medida pode desacelerar a adoção institucional das criptomoedas no Brasil, afastando grandes gestores de ativos desse setor.
Comparação com outros países
Diferente do Brasil, países como Estados Unidos e Canadá permitem a inclusão de criptomoedas em fundos de aposentadoria, ainda que sob regulamentação rígida. Nos EUA, por exemplo, o Fidelity Investments oferece a opção de incluir Bitcoin em planos 401(k) de aposentadoria. Já em países como China e Índia, as restrições ao setor cripto são ainda mais severas, chegando até mesmo à proibição total do comércio desses ativos.
Reações do Setor Financeiro
A decisão gerou reações mistas entre especialistas e instituições financeiras:
- Bancos e seguradoras apoiaram a medida, argumentando que ela protege aposentados e investidores de longo prazo de riscos excessivos.
- Empresas do setor cripto criticaram a proibição, destacando que as criptomoedas poderiam diversificar as carteiras previdenciárias e atuar como uma proteção contra a inflação.
- Associações de investidores sugeriram que a medida pode limitar a inovação financeira no Brasil e manter o país atrasado na adoção da Web3.
O Que Esperar Para o Futuro?
A proibição pode não ser definitiva. A CVM já indicou que continuará monitorando o mercado cripto e pode revisar sua posição conforme o setor amadurece e novas regulamentações globais forem implementadas.
Além disso, a pressão do mercado financeiro e dos investidores pode levar a um debate sobre possíveis flexibilizações no futuro. Algumas possibilidades incluem a criação de fundos previdenciários específicos para criptoativos, regulados de forma mais rígida, mas ainda permitindo a exposição ao setor.
O que sabemos
A decisão do governo brasileiro de proibir criptomoedas em fundos de previdência representa um passo significativo na regulamentação do setor cripto no país. Embora a medida busque proteger os investidores, ela também pode retardar a adoção institucional dos ativos digitais. O mercado agora aguarda os próximos desdobramentos e possíveis ajustes na regulamentação para equilibrar inovação e segurança financeira.
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