Nos últimos dias, o mercado de criptomoedas vem mostrando sinais sutis de recuperação, mesmo sob pressão de fatores macroeconômicos globais. O Ethereum (ETH), que chegou a ultrapassar os $4.100 em dezembro de 2024, agora opera próximo aos $1.986. Para reverter a tendência de baixa, analistas apontam a importância de o ETH romper a faixa dos $2.200 — uma região considerada “macro” para retomar o impulso de alta.
O acúmulo das baleias sinaliza otimismo?
Segundo dados da Glassnode, o número de carteiras com mais de $100.000 em ETH cresceu de 70 mil para 75 mil desde o início de março. Essa movimentação revela um padrão: enquanto investidores de varejo vendem por medo, as baleias acumulam estrategicamente.
Esse comportamento foi reforçado por Nicolai Sondergaard, da Nansen, que destacou:
“As baleias de 10k a 100k ETH estão acumulando, enquanto todos os outros estão saindo do mercado.”
Crescimento de carteiras com mais de $100.000 em ETH durante março de 2025
O que significa a faixa de $2.200?
De acordo com o analista Rekt Capital, essa região entre $2.196 e $3.900 define uma macroestrutura de mercado. Se o ETH ultrapassar e sustentar acima dessa zona, pode iniciar uma nova tendência de alta — com alvos potenciais entre $2.400 e $3.800 nas próximas semanas.
Além disso, o open interest em futuros de ETH atingiu um recorde histórico, indicando que grandes traders esperam um movimento significativo em breve.
E os riscos no caminho?
Apesar da expectativa otimista, o mercado ainda enfrenta incertezas. Conflitos comerciais globais e decisões regulatórias, como o andamento de ETFs de Ethereum, podem atrasar a retomada. No entanto, analistas como a VanEck projetam um preço-alvo de até $6.000 para o ETH ainda em 2025, sugerindo que a acumulação atual pode ser só o começo.
Conclusão: é hora de ficar de olho?
Com o aumento do número de grandes carteiras e sinais técnicos positivos, o ETH se aproxima de um momento decisivo. O rompimento dos $2.200 pode funcionar como um gatilho para a próxima fase de valorização.
Se você é um investidor de longo prazo, observar o comportamento das baleias pode ser mais revelador do que qualquer indicador técnico. Afinal, onde há fumaça (ou baleias), há fogo.
Julia é contadora e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos. É formada em Ciências Contábeis pela Trevisan. Julia é apaixonada pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.