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FTX Iniciará Pagamento de US$ 11,4 Bilhões a Credores em Maio: Entenda os Detalhes da Maior Recuperação Cripto da História

FTX Anuncia Pagamento

Após mais de dois anos do colapso que abalou o mercado global de criptoativos, a FTX anunciou que começará a reembolsar seus credores a partir do dia 30 de maio de 2025. A exchange, que já foi uma das maiores do mundo, conseguiu reunir US$ 11,4 bilhões para quitar parcialmente as dívidas com clientes e investidores lesados após sua falência em novembro de 2022.

Maior falência no mercado cripto

A queda da FTX ficou marcada como o evento mais chocante do ecossistema cripto desde a criação do Bitcoin. Fundada por Sam Bankman-Fried, a plataforma foi acusada de má gestão, uso indevido de fundos de clientes e uma série de fraudes financeiras. A confiança do mercado foi profundamente abalada, com investidores perdendo acesso a bilhões de dólares da noite para o dia.

Sam Bankman-Fried foi condenado por sete acusações federais, incluindo conspiração para fraude eletrônica e lavagem de dinheiro. Seu julgamento se tornou um marco na regulação do setor e reacendeu o debate global sobre a segurança de exchanges centralizadas.

Como será feito o pagamento

O pagamento aos credores será realizado em dólares americanos, com base nos valores dos ativos em novembro de 2022 — data da falência da empresa. Ou seja, mesmo que o preço de ativos como Bitcoin, Ethereum e Solana tenham se valorizado desde então, os credores receberão o equivalente em dólar referente ao momento do colapso, não se beneficiando das valorizações do criptoativos que eles possuiam antes da queda da corretora.

Vejam alguns dos preços dos criptoativos antes da queda da FTX e atualmente:

  • O Bitcoin ($BTC), antes do colapso estava cotado a US$ 16.000, atualmente (05/04/2025) o Bitcoin está cotado a US$ 83.205, gerando assim custo de oportunidade de 420,03% aos investidores que estavam com suas posições no criptoativo através da FTX.
  • O Ethereum ($ETH), antes cotado a US$ US$ 1.100, hoje atingi a cotação de US$ 1.796, o que levou aos investidores de Ethereum a um custo de oportunidade de 63,27%.
  • A Solana ($SOL) que era uma das maiores posições de investimento da própria FTX, era cotado a um preço de US$ 10 e hoje o criptoativo está na casa dos US$ 119 gerando assim um custo de oportunidade aos investidores de 1.090%.

A proposta foi aprovada pelo tribunal de falências dos Estados Unidos e faz parte do plano de reorganização da FTX, que está sendo conduzido pela nova equipe jurídica e financeira da empresa.

Entre os beneficiados estão tanto clientes individuais quanto grandes instituições que possuíam valores significativos na plataforma. Além disso, usuários com reivindicações menores — categorizados como parte da “Classe de Conveniência” — já começaram a receber parte dos valores desde o início de 2025.

Origem dos recursos

O fundo de US$ 11,4 bilhões foi acumulado ao longo dos últimos dois anos por meio da liquidação de ativos pertencentes à FTX e Alameda Research (sua empresa-irmã), venda de participações em startups, recuperação de fundos desviados e reestruturação de investimentos.

A equipe responsável pela recuperação também vendeu grandes quantidades de criptoativos, incluindo Solana, Ethereum e outras altcoins. A FTX ainda detinha um portfólio bilionário mesmo após a falência, o que facilitou a recomposição parcial do caixa.

Credores desqualificados e polêmicas

Apesar do avanço no processo de reembolso, cerca de 392 mil reivindicações foram desqualificadas, somando mais de US$ 2,5 bilhões em pedidos rejeitados. Segundo a empresa, isso ocorreu porque muitos usuários não completaram o processo de verificação de identidade (KYC), exigido durante o processo de falência.

(Concept of KYC Know Your Customer Technology. KYC Security Protocol Financial Client Authentication. Fonte: wladimir1804)

Esse fator gerou críticas por parte de advogados e ativistas de privacidade, que afirmam que clientes da FTX estão sendo punidos por não fornecerem dados sensíveis, mesmo tendo valores bloqueados na plataforma.

Outro ponto polêmico é o cálculo dos pagamentos com base no valor dos criptoativos em 2022. Com o preço do Bitcoin acima de US$ 80 mil atualmente, muitos usuários afirmam que, mesmo sendo reembolsados, estão tendo prejuízos reais — já que não poderão recuperar o poder de compra perdido com a valorização do mercado.

Impactos para o mercado cripto

O início dos pagamentos marca uma nova fase na reestruturação da FTX e é visto por analistas como um avanço positivo para o ecossistema cripto. A medida também traz esperança para credores de outras empresas falidas, como Celsius, BlockFi e Voyager, que ainda enfrentam lentos processos judiciais.

Além disso, a recuperação parcial dos valores pode injetar bilhões de dólares novamente no mercado, favorecendo a liquidez de tokens e projetos que ficaram estagnados desde o inverno cripto causado pelo colapso da FTX.

Conclusão

A FTX se prepara para devolver mais de US$ 11 bilhões a seus credores, encerrando um dos capítulos mais sombrios da história das criptomoedas. Ainda que as cicatrizes do colapso permaneçam, o anúncio de reembolso representa uma tentativa de redenção para a indústria como um todo — e um alerta sobre a importância da transparência e descentralização.

Enquanto isso, o mercado observa de perto o desenrolar dos pagamentos e as lições que esse episódio deixa para o futuro da Web3. O DeFi segue sendo o caminho mais seguro para está exposto ao mercado cripto. Sempre faça a autocustodia dos seus criptoativos. Lembre-se: “Not Your Keys, Not Your Coins”

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