Em uma decisão histórica que pode mudar o cenário das criptomoedas no Sul da Ásia, o governo do Paquistão anunciou planos para utilizar 2.000 megawatts (MW) de energia excedente na mineração de Bitcoin. A medida visa transformar recursos ociosos em ativos digitais altamente lucrativos, ao mesmo tempo em que fortalece a posição do país na economia digital global.
Energia ociosa vira oportunidade econômica
Segundo autoridades locais, parte da energia gerada em horários de baixa demanda – especialmente por fontes hidrelétricas e térmicas – tem sido subutilizada, representando uma perda financeira e estrutural. Com a nova política, esse excedente será redirecionado para fazendas de mineração de Bitcoin geridas tanto por empresas privadas quanto por parcerias público-privadas.
“Temos energia disponível e queremos transformá-la em um ativo digital que possa trazer divisas e desenvolvimento tecnológico para o país,”
Mineração de Bitcoin como motor de crescimento
A decisão ocorre em meio a um cenário de crescente adoção das criptomoedas no país, com o Paquistão figurando entre os 10 maiores mercados de criptoativos do mundo, segundo dados da Chainalysis. A mineração de Bitcoin surge como uma alternativa estratégica para:
- Aumentar a receita nacional
- Reduzir a dependência do dólar americano
- Aproveitar a infraestrutura energética já existente
- Criar empregos na área de tecnologia
Sustentabilidade e regulamentação
Embora o anúncio tenha entusiasmado investidores e entusiastas da blockchain, críticos levantam preocupações sobre o impacto ambiental. No entanto, o governo assegurou que a maioria da energia redirecionada virá de fontes renováveis, especialmente de usinas hidrelétricas.
Além disso, um marco regulatório específico para a mineração de criptomoedas está sendo desenvolvido para garantir transparência, segurança jurídica e controle fiscal sobre as atividades.
Especialistas opinam o fato histórico
Para analistas de mercado, o movimento coloca o Paquistão em uma posição estratégica: “Trata-se de uma jogada inteligente. Países com energia excedente estão descobrindo que podem monetizá-la de forma eficiente via mineração de ativos digitais. Isso pode impulsionar a inovação local e atrair investimentos estrangeiros,” afirma Sadia Khan, consultora em tecnologia blockchain com atuação no Oriente Médio e Sul da Ásia.