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CEO da BlackRock alerta: mercado pode cair mais 20%, mas diz que é hora de comprar

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Larry Fink vê recessão no ar, mas enxerga oportunidade em meio ao caos

Em meio a um cenário de incerteza global alimentado por novas tarifas comerciais dos Estados Unidos, o CEO da BlackRock, Larry Fink, fez declarações contundentes que sacudiram o mundo financeiro. Durante um discurso no Economic Club de Nova York nesta segunda-feira (7), Fink afirmou que muitos líderes empresariais já consideram que os Estados Unidos estão tecnicamente em recessão.

A fala veio após a recente imposição de tarifas de 10% sobre todas as importações pelo presidente Donald Trump, o que provocou respostas imediatas da China e da União Europeia. A medida acendeu temores de uma nova guerra comercial e puxou para baixo os principais índices norte-americanos, como o S&P 500 e o Nasdaq, que já acumulam queda de 10% nos últimos cinco dias.

Fink diz que queda de 20% é possível, mas vê “chance de compra” no mercado

Apesar da avaliação pessimista quanto ao estado atual da economia, Fink adotou um tom surpreendentemente otimista com relação ao futuro próximo. Segundo ele, o momento de turbulência pode ser interpretado como uma janela estratégica para os investidores.

“Para mim, isso parece mais uma oportunidade de compra do que de venda”, afirmou o executivo. Ao mesmo tempo, reconheceu que o mercado ainda pode sofrer uma retração adicional de até 20%, reforçando a necessidade de cautela, mas também de visão estratégica.

As declarações de Fink ecoam em um ambiente de instabilidade crescente, onde bancos como JPMorgan e Goldman Sachs revisaram suas previsões de recessão. O JPMorgan agora estima 60% de chance de recessão nos EUA, enquanto o Goldman elevou essa probabilidade para 45%.

Criptomoedas também sentem o baque, mas mostram força relativa

O impacto das políticas de Trump não se limitou ao mercado tradicional. O ecossistema cripto também sofreu: o valor total de mercado das criptomoedas caiu 7% na última semana, com Bitcoin e Ethereum recuando 4% e 13%, respectivamente. Altcoins como Solana e XRP também registraram perdas significativas.

Curiosamente, em meio à queda das ações, o Bitcoin conseguiu manter certo fôlego frente ao desempenho das chamadas “Magnificent 7”, grupo de gigantes da tecnologia que inclui Apple, Tesla e Nvidia. Atualmente, 1 BTC equivale a cerca de 1.993 ações do ETF Roundhill Magnificent Seven (MAGS), sugerindo uma resiliência relativa do criptoativo frente à derrocada das big techs.

Oportunidade ou armadilha?

A visão de Larry Fink de que o atual momento representa uma chance de compra reacende o debate sobre o papel dos investidores institucionais em momentos de crise. Embora o mercado esteja visivelmente pressionado, o histórico mostra que grandes fortunas costumam ser feitas justamente em cenários de baixa — para aqueles que sabem quando e como entrar.

Resta saber se o otimismo cauteloso do CEO da maior gestora de ativos do mundo será compartilhado por investidores menores — ou se a previsão de mais quedas fará prevalecer o medo.

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